quarta-feira, 28 de novembro de 2012

IRE, a maior associação de jornalismo investigativo do mundo


A IRE, Investigative Reporters and Editors,é a maior associação de jornalismo investigativo do mundo, com 4 mil membros em 27 países. O IRE foi fundado em 1975 e é uma organização sem fins lucrativos dedicada a melhorar a qualidade do jornalismo investigativo. Seu objetivo era criar um fórum de debate para que jornalistas de todo o mundo possam ajudar uns aos outros, compartilhando idéias de histórias, técnicas de obtenção de notícias e fontes. Seu nome foi sugerido por um de seus fundadores, o jornalista Les Whitten, que afirmou que o que mais caracteriza o repórter investigativo é um sentimento de indignação, de ira.

O IRE promove conferências, oficinas de treinamento, oferece prêmios e disponibiliza recursos  e relatórios sobre liberdade de informação e metodologia investigativa.

A associação tem como missões promover a excelência no jornalismo investigativo, que é essencial para uma sociedade livre; proporcionar formação, recursos e uma comunidade de apoio a jornalistas investigativos; promover altos padrões profissionais e proteger os direitos dos jornalistas investigativos.

Os repórters e editores mais voltados ao jornalismo investigativo continuam sendo a espinha dorsal do IRE, embora professores, estudantes, profissionais liberais e autores de livros também já tenham se associado à organização.

Infelizmente o IRE ainda não está presente no Brasil, e só oferece cursos e seminários em ocasiões especiais, como quando conferências são realizadas no país.

CLIQUE AQUI E CONFIRA O SITE DO IRE, EM INGLÊS.

"Abaixando a máquina: ética e dor no fotojornalismo carioca"


O filme “Abaixando a máquina: ética e dor no fotojornalismo carioca”, dirigido por Guillermo Planel e Sergio Pugliese retrata como poucos como é o dia a dia de um fotojornalista que faz a cobertura de áreas de risco no Rio de Janeiro.

O documentário levanta questões importantíssimas no fotojornalismo atual, mas que também se aplicam ao jornalismo. O filme mostra o ponto de vista da dor de cidadãos fotografados e dos fotógrafos em diferentes confrontos numa cidade cheia de relações conflituosas. Isso abre o debate a respeito da ética dos fotojornalistas no momento do registro situações de dor(muitas das vezes situações em que os pais ou filhos choram sobre os corpos de seus entes queridos) e de sua publicação na imprensa.

 “Essa dúvida é uma dúvida muito cruel: o quanto você deve fotografar? E isso aí é o principal meio nosso, do jornalista, de você abrir os olhos de todos” diz Marcelo Carnaval, um dos fotojornalistas entrevistados no filme.

O filme mostra, ainda, como se estreita numa cobertura diária, a relação entre os fotógrafos e as comunidades carentes.

“Todo dia eu me pergunto porquê, e acho que a resposta que eu mais encontro é porque eu tenho essa curiosidade e eu quero ser testemunha, eu quero estar perto e eu quero estar vendo, e isso eu não sei explicar muito bem” diz o fotojornalista João Laet.
Confira o documentário, na íntegra, abaixo:
 

O jornalismo e sua função social


Conforme discutíamos em sala de aula, o que legitima o jornalismo e o dá credibilidade é a sua função social, ou seja, o compromisso que o jornalista tem, ou pelo menos deveria ter, com a sociedade. Amelhor maneira de se alcançar essa função é utilizar assuntos de interesse público e construir um texto noticioso claro e objetivo, que contenha as informações necessárias para se entender quem, onde, quando e porque tal fato ocorreu. Isso tudo deve ser acompanhado de outra característica fundamental, a imparcialidade.
O compromisso social de uma matéria jornalística é uma premissa indispensável para que ela seja a vencedora de um Prêmio Esso de Reportagem, considerado o mais importante prêmio dado a profissionais de imprensa no Brasil.
Os jornais populares, pejorativamente chamados de imprensa marrom, por serem caracterizados pelo uso exagerado de determinadas expressões e pelo sensacionalismo barato, não devem ser vistos como um jornal vazio e superficial. Alguns deles, como O Dia, por exemplo, já ganharam Prêmios Esso e mostraram que podem fazer um jornalismo de mudança social e que oferece informações relevantes para a sociedade.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

A "disfunção narcotizante" de Lazarsfeld e Merton




Como explicar o contínuo e crescente número de casos de gravidez na adolescência em meio a uma sociedade em que esse tema já foi discutido e rediscutido tantas vezes?
  
Merton(esq) e Lazarsfeld(dir)

Para responder a uma pergunta como essas, os sociólogos americanos Paul Lazarsfeld e Robert Merton lançaram uma teoria a qual chamaram de “disfunção narcotizante”.

Segundo esta teoria, o fato de estarmos vivendo na "era da informação" não nos torna bem-informados. Pelo contrário, o efeito que esse excesso de informações causa sobre as nós, as "massas", nos torna menos críticos devido à grande quantidade de dados ao qual temos contato. A tecnologia funciona como instrumento da comunicação, que gera facilidade de distribuição da mensagem, saturando a todos que não conseguem filtrar e criticar essas informações muito por conta de sua superficialidade.

Podemos relacionar esta teoria também à teoria de Walter Benjamin sobre a hiperestimulação sensorial do mundo moderno, na qual os estímulos, principalmente os visuais, por serem difundidos de maneira tão ampla em nossa sociedade, acabam banalizando-se e tornando-se imperceptíveis.


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O que é notícia?


Segundo a Wikipédia “a notícia é um formato de divulgação de um acontecimento por meios jornalísticos. Notícias têm valor jornalístico apenas quando acabaram de acontecer, ou quando não foram noticiadas previamente por nenhum veículo. A "arte" do Jornalismo é escolher os assuntos que mais interessam ao público e apresentá-los de modo atraente. Nem todo texto jornalístico é noticioso, mas toda notícia é potencialmente objeto de apuração jornalística.”
Muitos dizem que a notícia é a expressão de um fato recente, novo, que desperta o interesse do público a qual um jornal é destinado. Mas, aí, podemos nos perguntar: o que é um fato novo? É o acontecido há pouquíssimos instantes, ou o inusitado, o jamais visto?
Nós, estudantes de jornalismo, sabemos que, por trás de uma notícia, existem muitas outras variantes.  Diante da expansão da internet e dos meios jornalísticos ligados a ela, e notícia está passando por uma reinvenção. Isso não quer dizer, no entanto, que seus critérios mudaram.
Dois são os fatores de noticiabilidade: a importância e o interesse da notícia.
Dentro do fator Importância se desenrolam quatro variáveis:

·         Notoriedade
      ·         Proximidade
      ·         Relevância
      ·         Significatividade


Esses quatro princípios consistem e agregam importância à notícia.


 

 

domingo, 25 de novembro de 2012

Popular? Sim. Número 1 do Brasil? Também.


O jornal mineiro Super Notícia é, desde 2010, o jornal mais vendido do país. Porém, sem sempre foi assim. O sucesso demorou a chegar. Lançado em maio de 2002 o Super Notícia apostou na clássica fórmula das publicações populares: mulheres bonitas, crimes e esportes. Durante os dois primeiros anos, entretanto, a tiragem não alcançava 10 000 exemplares por dia. A grande guinada só foi acontecer em outubro de 2005, quando o preço do exemplar foi reduzido pela metade, para 25 centavos, para concorrer com o recém-lançado Aqui, dos Diários Associados, que custava esse valor.

No dia 2 de julho desse ano, com a manchete da vitória do Atlético sobre o Grêmio por 1 a 0, o Super comemorou seu recorde histórico de 354 814 exemplares vendidos. "Somos responsáveis por 65% do mercado mineiro de jornais diários", festeja Laura Medioli, presidente da Sempre Editora, que publica o Super.

Com 32 páginas por edição, o jornal sediado em Contagem (MG) faturou 43 milhões de reais em 2011 e é, segundo a última pesquisa de vendas realizada também em 2011, o jornal mais vendido do país, atrás de gigantes como a Folha de São Paulo, O Globo e o Extra.

Folha não aceita derrota

Em segundo lugar na lista dos mais vendidos da Brasil, a Folha de São Paulo se diz líder de vendas no país. A justificativa da publicação é a de, na lista divulgada, ela só considerou “os jornais de prestígio, do segmento premium”.  O Super Notícia, vendido a R$ 0,25, registra 300 mil exemplares na média do ano, 3.000 à frente da Folha, que tem preço de capa de R$ 3.

sábado, 24 de novembro de 2012

Sociedade Interamericana de Imprensa


Há pouco tempo, falei aqui no blog a respeito do documentário sobre o jornalista Tim Lopes. Tim Lopes talvez seja, no Brasil, o caso mais icônico de violência contra jornalistas.  O que pouca gente sabe, pelo menos os que não vivem o cotidiano do jornalismo, é que existe um órgão que se encarrega de defender a liberdade de imprensa e de denunciar crimes contra jornalistas. O nome dessa entidade é SIP, Sociedade Interamericana de Imprensa, e vou me ater, neste post, a falar um pouco mais sobre ela.

A SIP é uma organização sem fins lucrativos que se dedica a defender a liberdade de expressão e de imprensa em todas as Américas. A SIP depende dos fundos recebidos dos seus sócios e de doações de fundações. Os sócios da Sociedade são publicações ou cadeias de jornais. A SIP é composta por 1.300 publicações afiliadas, com uma circulação total superior a 43 milhões de exemplares impressos e um número crescente de leitores pela Internet. Entre os principais objetivos da SIP estão, além dos já citados, proteger os interesses de imprensa nas Américas, defender a dignidade, os direitos e as responsabilidades do jornalismo, denúnciar e divulgar ameaças ou agressões a jornalistas e aos meios de comunicação através de resoluções, comunicados de imprensa, protestos e denúncias públicas e promover um conhecimento amplo e uma maior troca de informações entre os povos das Américas para apoiar os princípios básicos de uma sociedade livre e da liberdade individual.

Claro que, o que escrevi, é apenas uma parte da história e trabalho que a SIP faz. Para conferir os objetivos e filosofia dessa instituição na íntegra, acesse o site abaixo: